NOMOFOBIA, O MEDO DO DESPLUGAR

19/12/2016 18:44

Com o avanço da tecnologia e acessibilidade aos dispositivos móveis criaram-se novos hábitos e outros surgiram para encurtar tempo e distância, possibilitando maior flexibilidade e interação. Os smartphones vêm facilitando muito a vida das pessoas, que com apenas um clique realizam tarefas que antes não se era possível, como por exemplo, pagar uma conta, realizar uma pesquisa escolar, e até se aventurar pelo mundo aos olhos dos outros.

A tecnologia veio para ajudar a facilitar e trazer benefícios ao nosso cotidiano, mas o uso exagerado dessa ferramenta está criando uma outra problemática, ou seja, aquilo que era para facilitar nossa vida trouxe junto uma nova realidade.

Segundo Tapscott (2010), para os indivíduos mais jovens, a tecnologia começa a ser como algo essencial, porém invisível. O uso exagerado desta ferramenta de informação e a falta ou retirada da mesma, acaba por trazer uma nova síndrome a NOMOFOBIA, termo inglês utilizado para se definir no-mobile-phobia, que significa medo de ficar sem celular ou tecnologia.

Hoje entre os jovens vem crescendo absurdamente a dependência na utilização de celular, quando acaba a bateria e o celular simplesmente desliga, há uma busca incessante para que se restabeleça. Hoje estar plugado é questão de interação social entre os jovens, quem não participa de uma rede de contatos interativos não faz parte de um clã tecnológico, portanto, estará fora do convívio cibernético social.

A luta incessante dos pais para que seus filhos façam mais atividades físicas e fiquem menos tempo plugados em rede sociais e videoames tem sido desesperadora, hoje é impossível não se ter acesso a tecnologia em casa ou principalmente fora dela. O que era facilmente controlado pelos pais, começa a fugir do controle e se torna uma grande preocupação.

O mundo muda o tempo todo, e as informações crescem a cada momento, o que era atual a um minuto agora já não é mais, o acesso são ilimitados a todas as formas de informação, e com a adaptação dessas mudanças os jovens se veem na obrigação de correr atrás da informação gerando assim a possibilidade de doenças físicas e emocionais.      

O desplugar é necessário, mesmo que seja aos poucos, é importante estar antenado a todas as informações que a tecnologia nos oferece, mais sempre com moderação, tudo que é em excesso faz mal, do que adianta ser muito informado, e não ter condições psicológicas para se manter na sanidade.

Psicóloga Patrícia Mattos